Iniciamos uma série que chamamos de “Vivendo a Vocação”, na qual contaremos um pouco da história dos padres de nossa Arquidiocese.
Pe. João Altino Barbosa
Pe. João é natural da cidade de Santa Vitória, no estado de Minas Gerais. No dia 11 deste mês, ele completa 40 anos de ordenação presbiteral. Conheceu a congregação porque vários padres trabalharam em sua terra natal. O padre conta que sua vocação ao sacerdócio nasceu em razão do trabalho que os padres Oblatos de Maria Imaculada faziam, preferencialmente, pelos pobres. “Isso me chamou atenção, doar a minha vida pelos pobres e pelo direito das pessoas.”
Padre João nos conta que seu lema de ordenação foi tirado do Evangelho de São Lucas 4-18,19: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar a Boa-Nova aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor”.

O padre Oblato de Maria Imaculada também tem formação na área de Direito e disse que escolheu esse outro curso para ajudar as pessoas em seus direitos como cidadãos. Pe. João disse ainda que escolheu o dia 10 de dezembro para ser ordenado padre por ser o Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Hoje, padre João Altino é vigário paroquial da Paróquia Santo Eugênio Mazenod, em Aparecida de Goiânia.
Pe. Geraldo Francisco Pinheiro
Pe. Geraldo é goiano da cidade de Orizona. No dia 8 de dezembro, completou 30 anos de ordenação presbiteral, Dia da Imaculada Conceição de Maria.
Filho de Abel Joaquim Pinheiro e Maria dos Anjos de Castro Pinheiro, padre Geraldo conta que nasceu em uma família super católica e que quando decidiu entrar para o seminário falou com seu pai. Eles estavam trabalhando na roça. “Pai, para o serviço aí que quero falar com o senhor. Eu quero ser padre!” Na mesma hora o pai parou o serviço e foram à paróquia conversar com o padre de Orizona, “que prontamente me acolheu e começamos a dar andamento para minha ida”, explicou o padre.

Pe. Geraldo cursou Filosofia e Teologia no Seminário Mater Eclesie, na cidade de Ipameri, e, no dia 8 de dezembro de 1991, foi ordenado padre por Dom Antonio Ribeiro de Oliveira, no ginásio da cidade de Orizona.
Hoje, padre Geraldo trabalha como vigário paroquial na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, Catedral Metropolitana, e também auxilia na Paróquia Cristo Ressuscitado, no Parque Amazônia.
Monsenhor Daniel Lagni
Nascido em 16 de fevereiro de 1953, no município de Paraí (RS), fi lho de Difendi Ernesto Lagni e Maria Butelli Lagni – in memoriam. Foi ordenado presbítero em 13 de dezembro de 1981, na cidade de Sidrolândia (MS), completando, este ano, 40 anos de sacerdócio, sendo incardinado na Arquidiocese de Goiânia (GO) desde 1988. Formado em Filosofia e Pedagogia, com mestrado em Teologia Dogmática pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, em 1996.
Monsenhor Daniel fez sua formação presbiteral na Congregação dos Frades Capuchinhos, iniciando no ano de 1966, até ser ordenado em 1981. Ele lembra com carinho dos seus primeiros anos de sacerdócio, celebrando no interior e em comunidades distantes. “Foi um tempo muito feliz, de muitas realizações”, diz. Por 11 anos, monsenhor Daniel foi diretor das Pontifícias Obras Missionárias, responsável pela Animação Missionária no Brasil e também nos lugares onde estão espalhados os mais de dois mil missionários pelo mundo.

Na Arquidiocese de Goiânia, ele trabalhou nas seguintes paróquias: Santo Antônio dos Frades Capuchinhos; São José, em Vianópolis; São Sebastião, em Goiânia. Foi cura da Catedral Metropolitana; administrador da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Goiânia; reitor da Reitoria Nossa Senhora das Graças; e, por duas vezes, pároco da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, além de ajudar na Semana Santa nas Paróquias São Francisco de Assis, em Cristianópolis, e São Miguel Arcanjo, em São Miguel do Passa Quatro, quando trabalhava em Brasília.
Monsenhor Jean Auguste Louis Biraud
Incardinado na Diocese de Luçon, na França, monsenhor Jean Biraud nasceu em 8 de julho de 1927 e foi ordenado padre em 22 de dezembro de 1951, tendo a graça de completar 70 anos de ordenação sacerdotal. Segundo ele, sua vocação nasceu do chamado de um padre idoso que perguntou se ele queria substitui-lo na missão de cuidar, de servir o povo.
Padre Jean, como gosta de ser chamado, tem muita gratidão pelo cuidado que Dom Washington Cruz teve para com ele desde que assumiu a Arquidiocese de Goiânia. Entre idas e vindas, o padre já tem mais de 50 a nos evangelizando em terras brasileiras. Ele conta que, no começo, passou por muitas dificuldades por conta do idioma.

Em entrevista, o monsenhor conta que teve um problema de saúde. “Tive um câncer, eu estava praticamente morto, a ponto de minha secretária avisar os meus familiares para virem ao Brasil, mas Deus me curou e eu todos os dias canto o Magnificat, pois o Senhor fez por mim maravilhas.”
Ao ser perguntado sobre o que significa ser padre e se valeu a pena doar a vida para Deus, ele responde: “Para mim ser padre é ser útil para o povo e para a comunidade, servir ao povo que Deus, em sua bondade, nos confia. Ser padre é ter felicidade em atender as pessoas, ter fidelidade a Deus e, acima de tudo,
simplicidade”.
Marcos Paulo Mota