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Acolhamos a graça da Ressurreição de Cristo

Acolhamos a graça da Ressurreição de Cristo

Inaugura-se um novo modo da presença de Jesus. “Ressuscitou. Não está aqui” (Mc 16,6). Não o podem ter ou reter

Foto da Catedral

Inaugura-se um novo modo da presença de Jesus. “Ressuscitou. Não está aqui” (Mc 16,6). Não o podem ter ou reter com suas mãos. Terão agora de meter pés a caminho, de ir sempre em busca, sempre mais adiante, porque essa presença na ausência só o amor lhes pode revelar, porque só o amor vê o invisível. Diz o Evangelho que “as mulheres saíram, fugindo do sepulcro, pois estavam a tremer e fora de si. E não disseram nada a ninguém” (Mc 16,8). E, com essa nota, compreendemos que o caminho do amor, iluminado pela luz da Páscoa, é luz nas trevas que ainda persistem, é esperança na angústia que não desaparece de todo, é alegria no medo, que todos os dias precisamos vencer.

Irmãos e irmãs, a luz da Páscoa é chamada a aquecer o coração onde o amor esfriou, a iluminar as trevas que persistem neste mundo cercado pelo medo do outro, dilacerado pelo comércio e violência das armas, inseguro pelas fragilidades da internet e das redes sociais, tão cruel com os fracos e permissivo com os poderosos. É nesse cenário “de hospital do campo” que a notícia da ressurreição nos permite avançar, sem vacilar, no caminho do amor. A notícia da ressurreição dá-nos sempre a esperança da nossa lenta e paciente mudança.

Movidos pelo amor que se entrega na Cruz, anunciemos a Ressurreição, sem pôr de lado o Crucificado, porque n’Ele se reflete o rosto da nossa dor e da nossa esperança, na luz do amor que tudo vence. Essa Cruz, no anúncio pascal, vem dizer-nos que é interminável a nossa busca do Senhor, pelo caminho do amor. Ora, se a morte de Jesus é motivo de dispersão, a sua ressurreição e encontro com os discípulos junta-os, não mais com o profeta de Nazaré, mas Aquele a quem passam a chamar o Senhor. Juntamo-nos nesta noite porque foi Cristo ressuscitado quem nos convocou. Ele é a luz que acompanha o nosso caminhar como Igreja. Ele é a Palavra que nos toca, o Deus da promessa. Não o Deus das promessas do passado, mas o Deus das viagens ou o Deus dos caminhos por fazer (frei José Augusto Mourão).

Páscoa significa passagem, e nós somos os passageiros. Páscoa significa caminho, e nós somos os peregrinos. Páscoa significa vida nova, e nós somos os rebentos que brotaram da árvore da Cruz.

Eis o convite que vos fazemos: acolhamos a graça da Ressurreição de Cristo! Deixemos que a força do Seu amor transforme a nossa vida, tornando-nos canais humildes, por meio dos quais Deus possa irrigar a nossa terra e nela fazer florir a civilização do amor. “Só o amor não acaba nunca” (1Cor 13,8). E, por isso, só no Amor está contida e escondida a promessa da vida eterna. Tende essa certeza, queridos irmãos e irmãs: “Quem ama já passou da morte para a vida” (1Jo 3,14), porque “o amor é mais forte do que a morte” (Ct 8,6).

 

Dom Washington Cruz, CP
Arcebispo Metropolitano de Goiânia

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