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17/12/2024

Sábado da 3ª Semana do Advento

Sábado da 3ª Semana do Advento - Palavra do Arcebispo - Arquidiocese de Goiânia

Prezada irmã, prezado irmão. Os dias do advento do Senhor se sucedem e aproxima-se o Natal. Escutamos o texto de Sofonias 3,14-18a como primeira leitura da liturgia deste dia 21 de dezembro. O texto é um hino de júbilo que celebra a restauração de Israel após o julgamento divino. Ele se insere no contexto de um livro que, inicialmente, apresenta oráculos de condenação contra Judá e as nações vizinhas, mas que conclui com uma promessa de esperança e renovação para o povo fiel. O profeta anuncia um futuro glorioso em que Deus restaurará o povo, livrando-o da opressão e renovando a sua comunhão com Ele.

 

O texto se abre com o convite ao júbilo que é dirigido a “Filha de Sião”, expressão que simboliza Jerusalém e, por extensão, o povo de Deus. A repetição de palavras como “grita”, “rejubila” e “exulta” destaca o caráter festivo do texto, marcando uma reviravolta em relação às profecias de condenação. A alegria se fundamenta na ação de Deus, que transformará a situação do povo. No versículo 15, Deus é apresentado como o Rei que remove as causas da aflição: Ele anulou as sentenças contra o povo e afastou os inimigos.

 

A presença do Senhor como Rei em meio ao seu povo simboliza proteção, justiça e reconciliação. Essa imagem remete ao ideal teocrático em que Deus reina diretamente sobre Israel. No versículo 16, a exortação para que Jerusalém não tema, reflete a certeza de que Deus é um poderoso libertador que salva. Essa confiança elimina o medo e fortalece o ânimo do povo, apontando para uma restauração integral, que abrange tanto a dimensão espiritual quanto a social.

 

O versículo 17 centraliza a mensagem: “O Senhor, teu Deus, está no meio de ti, o valente guerreiro que te salva; ele exultará de alegria por ti”. Deus não apenas está presente, mas se alegra com o seu povo. A descrição do Senhor como “guerreiro que salva” e aquele que exulta em júbilo destaca a intimidade e o amor divino. Aqui, Deus é apresentado não apenas como juiz, mas como aquele que se deleita na comunhão com os seus. Por fim, a promessa de reunir os dispersos reafirma o cuidado pastoral de Deus, que traz de volta aqueles que estavam afastados. Essa ação divina aponta para um tempo de unidade e restauração plena, em que a vergonha e a opressão serão transformadas em louvor e liberdade.

 

Este texto nos convida a reconhecer a fidelidade de Deus, que transforma o sofrimento em alegria e restaura aqueles que confiam Nele. Em um mundo marcado por inseguranças, medos e divisões, a profecia de Sofonias nos lembra que Deus permanece próximo e ativo, trazendo esperança e renovação. Somos chamados a viver essa Palavra com confiança, celebrando a presença de Deus em nossa vida, e a sermos instrumentos de sua alegria e paz para os outros.

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