Você está em:
09/04/2021
Festa da Misericórdia: refúgio e abrigo para todas as almas
“Dirijamo-nos confiantes a Cristo misericordioso e peçamos a graça do perdão e do amor operoso pelo próximo” (Papa Francisco)

Neste domingo, 11 de abril, celebramos o Domingo da Misericórdia. A Festa da Misericórdia acontece solenemente no segundo domingo da páscoa desde o ano de 2000 quando foi instituída pelo papa João Paulo II no rito de canonização de Santa Faustina. Em sua homilia, no dia 30 de abril do ano de 2000, o santo padre disse: “É importante, então, que acolhamos inteiramente a mensagem que nos vem da palavra de Deus neste segundo Domingo de Páscoa, que de agora em diante na Igreja inteira tomará o nome de “Domingo da Divina Misericórdia”. Nas diversas leituras, a liturgia parece traçar o caminho da misericórdia que, enquanto reconstrói a relação de cada um com Deus, suscita também entre os homens novas relações de solidariedade fraterna”.
Você conhece a história de Santa Faustina?
Maria Faustina Kowalska nasceu no dia 25 de agosto de 1905, em Glogowiec, na Polônia Central. Ela foi a terceira de dez filhos. Aos 18 anos ela manifestou à sua mãe o desejo de se tornar religiosa, mas seus pais disseram que ela não pensasse nisso.
Depois de ter uma visão de Jesus Cristo flagelado, Faustina partiu para Varsóvia e ingressou no Convento das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia no dia 1° de agosto de 1925. No convento ela trabalhou na cozinha, quintal e na portaria.
Faustina teve muitas experiências místicas com Jesus que eram anotadas no seu diário. Nas suas visões, Jesus falava sobre a Misericórdia. “Tua tarefa é escrever tudo que te dou a conhecer sobre a minha Misericórdia para o proveito das almas, as quais lendo estes escritos, experimentarão consolo na alma e terão coragem de se aproximar de mim. E, por isso, desejo que dediques todos os momentos livres a escrever” (Diário,1693).
Após longos sofrimentos suportados por conta de uma tuberculose, Santa Faustina partiu para o encontro com o Senhor em outubro de 1938, os 33 anos de idade.
Devoção à Divina Misericórdia

A Imagem de Jesus Misericordioso
No dia 22 de fevereiro de 1931, Jesus Cristo apareceu a Irmã Faustina e pediu que ela pintasse uma imagem, apresentando o modelo da sua visão. “Pinta uma Imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós. Desejo que esta Imagem seja venerada, primeiramente, na vossa capela e, depois, no mundo inteiro. Prometo que a alma que venerar esta Imagem não perecerá. Prometo também, já aqui na Terra, a vitória sobre os inimigos e, especialmente, na hora da morte. Eu mesmo a defenderei como Minha própria glória. (...) Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia. Quero que essa Imagem, que pintarás com o pincel, seja benzida solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia. Desejo que os sacerdotes anunciem essa Minha grande misericórdia para com as almas pecadoras” (Diário, 47-49).
A Festa da Divina Misericórdia
“Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. (...) Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e das penas. Nesse dia, estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como o escarlate. A Minha misericórdia é tão grande que, por toda a eternidade, nenhuma mente, nem humana, nem angélica a aprofundará” (Diário, 699).
Terço da Divina Misericórdia
Jesus Cristo ditou para a Irmã Faustina o Terço da Misericórdia Divina em Vilnius, Lituânia, nos dias 13 e14 de setembro de 1935, como uma oração para aplacar a ira divina e pedir perdão pelos nossos pecados e pelos pecados do mundo inteiro. “Recita, sem cessar, este Terço que te ensinei. Todo aquele que o recitar alcançará grande misericórdia na hora da sua morte. Os sacerdotes o recomendarão aos pecadores como a última tábua de salvação. Ainda que o pecador seja o mais endurecido, se recitar este Terço uma só vez, alcançará a graça da Minha infinita misericórdia” (Diário, 687).
A Hora da Misericórdia
Em outubro de 1937, em Cracóvia, Polônia, Jesus Cristo recomendou que fosse honrada a hora da Sua morte e que, ao menos por um instante de oração, se recorresse ao valor e aos méritos da Sua paixão. “...que todas as vezes que ouvires o bater do relógio, às três horas da tarde, deves mergulhar toda na Minha misericórdia, adorando-A e glorificando-A. Implora a onipotência dela em favor do Mundo inteiro e especialmente dos pobres pecadores, (...) Nessa hora, conseguirás tudo para ti e para os outros. Nessa hora, realizou-se a graça para todo o Mundo: a misericórdia venceu a justiça” (Diário, 1572).
Larissa Costa
Fonte: Diário de Santa Faustina