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17/05/2021

Missionários Passionistas

300 anos difundindo a espiritualidade da Paixão de Jesus Cristo

Missionários Passionistas - Notícias - Arquidiocese de Goiânia

Série Vida Consagrada
“A Paixão de Jesus Cristo é a maior e mais maravilhosa obra do Amor Divino, remédio eficaz para todos os males” (São Paulo da Cruz)

 

Em 2020, a Congregação dos Missionários Passionistas celebrou 300 anos de fundação, festa que não pôde ser celebrada devido à pandemia do coronavírus e que neste ano de 2021 foi possível, embora de forma discreta. Essa comunidade de apóstolos foi fundada na Itália, por São Paulo da Cruz (1694-1775), no ano de 1720. O Jornal Encontro Semanal foi recebido na comunidade que leva o nome do fundador, no Jardim Balneário Meia Ponte, formada pelos padres Jackson Maioli Alvarenga, que também é pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, naquele bairro; e pelos padres Rodrigo Alves Ferreira e Thiago Tales Mendes de Oliveira.

 

Os Missionários Passionistas, conforme identificação em seu próprio site institucional (www.provinciaexaltacao.org.br), “são um grupo de cristãos, sacerdotes e leigos, que vivem em comunidade fraterna, dispostos a anunciar aos homens e às mulheres do nosso tempo o Evangelho de Cristo”. A congregação está presente em 62 países e o seu carisma é centrado em ver a Paixão de Jesus como uma obra do amor de Deus, uma obra de redenção e de salvação. “No centro da nossa espiritualidade está a prova do amor de Jesus por nós, sua doação na cruz. Nossa missão é salvar almas, ajudar, promover a vida humana e o culto à Paixão de Cristo”, explicou padre Rodrigo.

 

Padre Jackson lembrou que São Paulo da Cruz, no início do seu chamado vocacional, não pensava em fundar uma congregação religiosa, nem mesmo em ser padre. O serviço em um hospital com um irmão e a vida da família marcada por dor, sofrimento e mortes de alguns membros o fizeram sentir o chamado do Senhor. “Ele vê a Paixão de Cristo acontecendo na vida dos enfermos e passa a pensar em dedicar ali o seu ministério”, afirmou. A história vai chamando São Paulo da Cruz para outros horizontes. “Hoje os Missionários Passionistas olham a realidade do mundo contemplando a Paixão de Cristo, sendo um sinal de esperança, de vida, buscando como base, como força, o mistério pascal de Jesus”, disse o padre.

 

“Nossa missão primeira é estar em sintonia e unidade entre nós irmãos, companheiros e, também, com os crucificados de hoje. Além do crucificado que se entregou na cruz por nós, também com os crucificados da nossa realidade, da sociedade em que estamos inseridos”, explicou padre Thiago, que é natural de Iporá, Diocese de São Luís de Montes Belos (GO), onde os Passionistas estão presentes há mais de 40 anos.

 

Distintivo

Os Missionários Passionistas usam um hábito preto, cor que, segundo padre Rodrigo, foi escolhida por conta de uma visão que São Paulo da Cruz teve, dada por Nossa Senhora, para que pudesse fazer memória do luto e da Paixão de Jesus Cristo. A vestimenta tem cinco costuras na gola que significam as cinco dores de Maria e sete costuras no peito que simbolizam as sete chagas de Cristo. O coração usado no peito quer dizer a Paixão de Cristo. Traz na parte inferior os três cravos de Cristo, que lembram suas chagas. Na parte de cima há a cruz, a cor negra que lembra sua Paixão e a cor branca, presente na insígnia, a Ressurreição.

 

A Paixão de Cristo é de fato o centro da vida dos Missionários Passionistas. “Certa vez, São Paulo da Cruz disse que os males que a humanidade enfrentava na época aconteciam porque o mundo se esqueceu da Paixão de Cristo. Ficou no esquecimento o grande amor que ele tem por nós. O nosso primeiro compromisso é que não deixemos que o mundo se esqueça que Deus nos ama”, explicou padre Rodrigo. Os Passionistas, além dos três votos tradicionais (pobreza, obediência e castidade), têm um quarto, que é a memória da Paixão de Cristo. Ao ser questionado sobre o que a congregação tem a oferecer na atualidade, em um mundo marcado pela velocidade da informação e da desinformação e pelo relativismo, padre Jackson disse que o carisma da congregação é muito forte e atual e tem um bem a oferecer. “Em meio a uma vida tão corrida em que pouco tempo sobra para as pessoas, a nossa palavra sobre a Paixão de Cristo faz a diferença porque o mundo sente falta de presença, do encontro pessoal, de momentos de orações e de estar juntos, e os Passionistas têm um jeito muito próprio de acolher e oferecer essa palavra, sobretudo aos jovens”, afirmou. 

 

Presença
 

A congregação chegou ao Brasil em 1911. No país, está organizada em duas Províncias. A Getsêmani tem Casa Provincial que fica em São Paulo e abrange os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e toda a região Sul, além de Argentina, Uruguai e Paraguai. A mais recente e que Goiânia faz parte é a Província da Exaltação da Santa Cruz, que compreende os estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Goiás e o Acre. A Província da Exaltação da Santa Cruz foi formada em 2012. É oriunda de três grupos distintos de fundações italianas e holandesas. A primeira fundação da Bahia celebrou 70 anos de presença; a segunda é de Minas Gerais e Espírito Santo, que celebrou 60 anos, e a terceira é do estado de Goiás, que teve início em 1956 e celebrou também suas bodas de diamante. Os Passionistas chegaram em Goiás no ano de 1958. No mundo há 2900 membros religiosos masculinos e nove congregações femininas que comungam da espiritualidade Passionista, uma inclusive, de vida contemplativa fundada por São Paulo da Cruz. No estado de Goiás, a congregação está presente na Arquidiocese de Goiânia, nas Dioceses de Luziânia e de São Luís de Montes Belos.

 

Curiosidade

O nosso arcebispo, Dom Washington Cruz, é Missionário Passionista. Ele é do grupo de missionários do estado da Bahia, do antigo Vicariato Domingos da Mãe de Deus. Foi formador na congregação por muito tempo e, antes de ser nomeado bispo, esteve como pároco da Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, em Salvador (BA). Foi nomeado o bispo mais jovem em 1987, com 39 anos de idade. Padre Rodrigo contou que na Diocese de São Luís de Montes Belos, onde Dom Washington foi bispo de 1987 a 2002, ele foi um pastor presente nas comunidades, bastante acessível, sempre conversando com as pessoas e celebrando nas comunidades onde não havia sacerdotes. “Sempre presente nas comunidades, Dom Washington fez muito esforço para incentivar nossa presença Passionista em São Luís. Depois ele trouxe de São Carlos (SP) as Monjas Passionistas, em 1994. Elas ainda estão lá. Aqui, em Goiânia, continuamos a perceber o carinho dele com a nossa congregação, sempre presente quando possível”, contou. “Sou Passionista por incentivo do meu pároco na época. O convento ficava há 2 km da paróquia e o padre peregrinava de manhã e à tarde neste caminho e isto foi me motivando: o peregrinar e o carinho dele com o povo”, disse Dom Washington em entrevista.

 

Informações:

Passionistas:(Congregação da Paixão de Jesus Cristo)
Comunidade São Paulo da Cruz
Superior: Pe. Jackson Maioli Alvarenga, CP
Endereço: Av. Genésio de Lima Brito, Qd. 128, nº 10 – Jd. Balneário Meia Ponte  74593-210 – Goiânia-GO
Telefone: (62) 3091-2882

 

Fúlvio Costa

 

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