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Dom Emanuel Gomes de Oliveira e a educação católica em Goiás

Dom Emanuel Gomes de Oliveira e a educação católica em Goiás

História da Igreja em Goiás
Foto da Catedral

Uma das grandes prioridades do episcopado de Dom Emanuel Gomes de Oliveira (1923-1955) foi a educação. Na historiografia goiana afirma-se que sob o seu báculo a Igreja Católica viveu um dos seus períodos mais esplendorosos em Goiás, em que se promoveu um grande movimento de cristianização da sociedade goiana, que manteve o catolicismo como religião majoritária, tendo ao seu lado as elites econômica e intelectual.

 

De acordo com o Censo de 1940, mais de 95% da população goiana era católica. Com esse elemento a seu favor, Dom Emanuel investiu em uma reforma católica que possibilitasse uma nova vitalidade para o catolicismo em Goiás. A via encontrada pelo referido bispo para a consolidação desse projeto foi dedicar-se à educação, realizando uma ação eclesial que consistiu na abertura de vários colégios em diversas cidades de Goiás e na criação de cursos superiores. A proximidade e a aliança com o poder temporal possibilitaram à Igreja Católica o aprimoramento do seu desenvolvimento institucional, por meio da consolidação de uma rede de escolas católicas por todo o estado. Como em Goiás não havia mão de obra qualificada para um projeto educacional desse porte, a saída encontrada foi trazer as congregações religiosas para ocuparem essa missão.

 

Essa iniciativa educacional de Dom Emanuel não era isolada, mas vinha ao encontro daquilo que era o desejo e a orientação da Igreja em âmbitos universal e nacional. Na esfera universal, esses empreendimentos respondiam àquilo que o papa Pio XI havia orientado na Encíclica Divini Illius Magistri, que tratava sobre a educação católica. A educação seria uma via eficaz no combate às pedagogias modernas e laicas e, especificamente em Goiás, o objetivo era combater a pedagogia protestante que se proliferava com o advento das escolas protestantes. Na dimensão nacional, essas iniciativas se tornaram a força motriz para o restabelecimento do poder e do reconhecimento da Igreja Católica, principalmente perante o Estado. Esse movimento ficou conhecido como “restauração católica”.

 

De acordo com a edição de 1945 da Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos do Ministério da Educação e Cultura (MEC), havia 15 escolas de ensino secundário (que oferecia dois ciclos; o primeiro, com uma duração de 4 anos, chamado curso ginásio; o segundo, com duração de 3 anos, dividido em cursos clássicos e científicos) em Goiás. Dessas escolas, 12 eram particulares, sendo dez católicas, duas protestantes e três públicas. Das instituições católicas, quase todas estavam sob a responsabilidade das congregações religiosas femininas. Com efeito, durante o episcopado de Dom Emanuel foi criada uma grande rede de escolas católicas em Goiás, que se agregaram àquelas que já existiam. De acordo com a Revista da Arquidiocese de Goiânia (cf. Dom Emanuel Gomes de Oliveira: arcebispo da instrução, de Áurea Cordeiro Menezes, 2001, p. 114-118), em 1961 havia, em todo o território goiano, 57 escolas de ensino primário, 31 ginásios, 21 colégios de ensino médio e normal, quatro escolas técnicas de comércio e seis instituições de ensino superior.

 

Pe. Maximiliano Costa
Mestre em História

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