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Quinta-feira da 25ª Semana do Tempo Comum

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Querida irmã, querido irmão, a liturgia nos oferece hoje e nos dias seguintes trechos do livro do Eclesiastes. Trata-se de

Querida irmã, querido irmão, a liturgia nos oferece hoje e nos dias seguintes trechos do livro do Eclesiastes. Trata-se de um livro sapiencial, isto é, com sentenças que apontam para uma sabedoria própria de quem deixou-se interrogar pelas principais questões da vida. O livro é, também, conhecido como Coélet, provavelmente o nome do seu autor. Eclesiastes é a forma greco-latina do hebraico Coélet. De fato, o livro começa trazendo a referência ao seu autor.

 

Escute o versículo primeiro que não foi proclamado: “Palavras do Eclesiastes, filho de Davi, rei de Jerusalém”. Atribuir apropria origem ao rei Davi é um modo de dar autoridade ao texto que se situa na linha de outro filho de Davi, Salomão, conhecido pela sua sabedoria. O texto lido hoje começa com uma afirmação que poderia ser comparada como a porta de entrada para a temática do livro. Confira comigo: “"Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das vaidades! Tudo é vaidade". E então, emerge uma pergunta como que tende a confirmar o que antes se afirmara: “Que proveito tira o homem de todo o trabalho com o qual se afadiga debaixo do sol?”

 

Como que a dizer, a vaidade não se sustenta, pois tudo é passageiro, fugaz. A vida é passageira e tudo quanto foi criado traz em si essa dinâmica de provisório. A própria natureza está a revelar e confirmar essa percepção. Vamos conferir o texto que diz: “Uma geração passa, outra lhe sucede, enquanto a terra permanece sempre a mesma. O sol se levanta, o sol se deita, apressando-se para voltar ao seu lugar, donde novamente torna a levantar-se. Dirigindo-se para o sul e voltando para o norte, ora para cá, ora para lá, vai soprando o vento, para retomar novamente o seu curso. Todos os rios correm para o mar, e contudo o mar não transborda; voltam ao lugar de onde saíram para tornarem a correr.”

 

Assim, tudo o que existe na terra tem seu lugar na obra da criação. No entanto, sobre nada pode o ser humano assentar sua vida, pois tudo é passageiro. Somente o Senhor Deus é o absoluto. Portanto, o ser humano que vive agitado, preocupado em tudo compreender e controlar, parece não perceber que a verdadeira realização se dá pela plena confiança no Senhor. Diz o texto:

 

“Tudo é penoso, difícil para o homem explicar. A vista não se cansa de ver, nem o ouvido se farta de ouvir. O que foi, será; o que aconteceu, acontecerá: não há nada de novo debaixo do sol.” O ser humano sábio é aquele que aprende a viver na confiança em Deus, porque tudo o mais passa. Como não nos lembrarmos de Santa Teresa de Ávila quando escreve: “Nada te perturbe. Nada te espante. Tudo tudo passa. Só Deus não muda. A paciência tudo alcança. Nada te falta com Deus no coração. Só Deus, só Deus te basta”. Irmã, irmão, cultive essa compreensão.

 

 

+ Dom João Justino de Medeiros Silva
Arcebispo Metropolitano de Goiânia

 

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