Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Campinas
Após uma breve pausa, o arcebispo e os bispos auxiliares retomaram as visitas pastorais às paróquias da Arquidiocese de Goiânia. Eles estiveram na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, do Setor Campinas, nos dias 13 a 16 de dezembro. O bispo auxiliar Dom Levi Bonatto visitou a paróquia no dia 13 e se reuniu com o conselho econômico. Ele também visitou as dependências da igreja, salão e casa paroquial, acompanhado do pároco, padre José Haílo Ferreira Costa.
No dia seguinte, foi a vez do bispo auxiliar e coordenador arquidiocesano de pastoral, Dom Moacir Silva Arantes, visitar a comunidade. Reunido com as lideranças pastorais e de movimentos, ele explicou que as visitas estão previstas no Código de Direito Canônico. “De tempos em tempos, o bispo deve visitar as paróquias da diocese, com o objetivo de estar mais próximo do povo de Deus a ele confiado. Eu e Dom Levi, bispos auxiliares, ajudamos Dom Washington”, afirmou.
Dom Moacir, durante sua reunião com as lideranças, teve um momento de catequese em que tirou dúvidas dos participantes sobre a Igreja triunfante (que está no céu), a Igreja padecente (em purificação no purgatório) e a Igreja militante (todos nós caminhantes rumo à pátria celeste). Em seguida, ele quis saber dos membros da paróquia como está a vida pastoral na comunidade. O jovem Marcos de Moraes, 27 anos, responsável pela liturgia e pelo grupo de coroinhas, apresentou ao bispo as pastorais existentes e atuantes na paróquia: Pastoral Familiar, Pastoral do Dízimo, Pastoral da Esperança, Catequese, Coroinhas, Ministros da Palavra e Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística, Liturgia, Movimento do Terço dos Homens, Conferência dos Vicentinos. A paróquia ainda conta com grupo de Jovens Lançai as Redes e a Escola do Evangelho São Pedro de Alcântara.
Destaque também para a dimensão vocacional que foi apresentada pelo padre José Haílo. Atualmente, a comunidade conta com os vocacionados Pedro, Gabriel e Rubens. Mais dois jovens estão em contato com o padre. A jovem Dulcineia Margareth Borges da Silva é postulante da Congregação das Irmãs Franciscanas da Ação Pastoral. Marcos de Moraes, por sua vez, começa o curso de Filosofia, na PUC Goiás, em 2019, e pretende, em breve ingressar no seminário. Após a apresentação da vida pastoral da paróquia, Dom Moacir fez suas considerações e comentários. “Percebemos aqui uma paróquia viva e atuante que, embora esteja no meio do comércio, consegue caminhar e desenvolver suas atividades de forma ordenada.”
Celebração
No domingo (16), Dom Washington Cruz encerrou a visita pastoral com a Santa Missa. Em sua homilia, ele refletiu sobre o Natal do Senhor. “Nas ruas e também aqui em Campinas há luzes e músicas. Alguns olhares mais presos às vitrines deleitam- -se no prazer e na ilusão de comprar. Neste tempo de crise, o povo se endivida para comprar. Sorrisos artificiais, promessas de felicidade, votos de festas felizes repetem-se até ao limite. O mercado se organiza para vender a alegria, mas um passeio íntimo pela vida das pessoas faz-nos ver o outro lado da rua, a rua da melancolia, do desencanto, da amargura, do sonho desfeito. Parece que há demasiado prazer sobre a terra e muita pouca alegria, tudo facilitado sem dor, sem sacrifício, o prazer levado ao extremo no comer, no vestir, nas longas noites de dança e barulho. Aquela alegria que torna os olhos brilhantes e o rosto sereno não se vê tanto assim, apesar de tanta luz, música e prazer. O homem compra o prazer, mas não atinge alegria e vive de sensações, não encontra a plenitude.”
Dom Washington também refletiu sobre a visita pastoral. “Com esta visita, reafirmamos que a paróquia é a comunidade de fé, conjunto de pessoas que vivem a fé em Deus e que não está isolada, mas sim em comunhão com a arquidiocese e com seu bispo, que é sucessor dos apóstolos e assegura a comunhão da Igreja, com o papa Francisco, bispo de Roma”, disse. O arcebispo explicou também que a finalidade dessas visitas “é enfatizar que todos somos convocados a ser discípulos missionários, portanto, temos a missão de trazer pessoas que não frequentam, conquistar grupos, companheiros afastados e difundir a mensagem cristã.” Ao fim da missa, ele agradeceu ao padre José Haílo pelo cuidado pastoral, comentou que os bispos auxiliares perceberam uma paróquia bem organizada com seus conselhos animados. Parabenizou os 17 novos coroinhas instituídos no dia anterior, cumprimentou cada paroquiano.
Paróquia Santíssimo Salvador – Conjunto Vera Cruz I
Antes da visita pastoral à Paróquia Nossa Senhora Aparecida, havia acontecido outra na Paróquia Santíssimo Salvador, no Conjunto Vera Cruz I, nos dias 25 a 28 de outubro. Dom Levi Bonatto visitou a paróquia no primeiro dia (25) e se reuniu com o conselho econômico. Ele ainda conheceu as dependências do salão, a casa paroquial e a igreja matriz.
Já Dom Moacir esteve com as lideranças na noite do dia 25. Ele explicou que o papel das pastorais é o cuidado do pastor com as pessoas. “A Igreja cuida da espiritualidade, mas também das questões sociais, quando isso as impedem de viver a sua fé. Mas o social não é o mais importante, porque quem não é de Igreja pode cuidar disso. A missão principal é levar as pessoas a conhecer Jesus, para que possam ser salvas”, declarou. O bispo também explicou que ser santo significa ter coragem de mudar de vida e viver a amizade com Deus. “Todos somos chamados a ser amigos de Deus. Isso é santidade, mas requer também ser amigos dos outros. Muita gente quer uma vida melhor, mas não muda. Está cansado de colher a mesma coisa? Mude a plantação”, frisou. No momento da catequese, Dom Moacir foi questionado pelo senhor Anísio Pereira Medeiros sobre a diferença entre discípulo e apóstolo. “O apóstolo age em nome do mestre, já o discípulo é aquele que segue. Quando ele amadurece, toma iniciativa nas comunidades e torna-se apóstolo. Portanto, somos chamados a formar discípulos para vivarem apóstolos.”
O arcebispo Dom Washington Cruz encerrou a visita pastoral no dia 28 de outubro, 30º Domingo do Tempo Comum. A sua reflexão foi toda voltada à importância da fé em nossa vida e de colocar sempre a esperança em Deus, ao explicar o Evangelho do dia, sobre o cego de Jericó. “Quando esse cego começou a gritar, muitos o repreendiam, porque eram mais cegos do que ele. Quando uma pessoa reconhece sua miséria e suas debilidades, está buscando alcançar a graça, está buscando enxergar o que ela não enxerga; nessa pessoa está a luz de Deus”.
Dom Washington ainda comentou que a cegueira está muito presente no mundo, em nossos dias. “Vivemos num mundo obcecado por uma cegueira, ficamos incapacitados de refletir e olhar mais adiante, mas, para olharmos para frente, precisamos ver dentro de nós, reconhecer aquilo que nos leva a tomar decisões, fazer escolhas, manifestar nossas opiniões a partir dos nossos impulsos, sentimentos ou racionalismo, muitas vezes vazios. Não podemos nos obcecar por um ponto de vista e achar que só ele vale.” Ao final da celebração, o arcebispo rezou com as crianças, os jovens, as mulheres e os homens e os abençoou.