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20/07/2019
Comunicação, Democracia e Responsabilidade Social
O olhar de Gerson Camarotti sobre a comunicação do papa Francisco
Na tarde do dia 20 de julho, a programação da 11° edição do Muticom contou com a participação do jornalista Gerson Camarotti, comentarista político da GloboNews e colunista no G1, portal de notícias da Rede Globo. Ele é graduado em Jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco, especialista em Ciência Política (UnB). Na capital do Distrito Federal (Brasília), Camarotti passou pelas agências das revistas Veja e Época, pelos jornais O Globo, O Estado de São Paulo e Correio Braziliense. Além disso, ele é coautor do livro Memorial do Escândalo (2005) e autor de Segredos do Conclave (2013) e também diretor de dois documentários jornalísticos: Morte e Vida Severina – 40 anos depois, uma visão jornalística, de 1995, e Morte e Vida Severina – 60 anos depois.
O Auditório Mãe da Igreja ficou cheio, aproximadamente 300 pessoas estavam unidas e com bastante expectativa para a palestra de Camarotti, que trouxe aos participantes o tema: “Comunicação, Democracia e Responsabilidade Social – um olhar sobre a comunicação do Papa Francisco”. Durante a palestra, o comunicador deu ênfase à postura do papa diante da sociedade e da imprensa.
O público pôde conhecer com mais detalhes os gestos, as ações e a postura do papa pela visão do jornalista. “Ele é um homem com modelo revolucionário, com simplicidade”, destacou.
Camarotti mencionou ainda a força e a coragem do papa Francisco em abordar temas polêmicos que englobam a sociedade na atualidade e como ele sabe levar os assuntos de maneira leve e humanizada. “Ele tem coragem de fazer esse enfrentamento direto e isso ajuda na comunicação”, enfatizou. Também acrescentou que “ele próprio faz suas pautas, traz um tom diferente, o do não julgamento, e sim mais acolhimento da Igreja”.
O jornalista conta histórias de viagens, em que ele pôde observar a visão da imprensa internacional e de Roma. Ele relata que, antes do papa Francisco, o encontro do pontífice com a imprensa era um momento muito apreensivo para todos. Acrescentou que era difícil conseguir imagens da Igreja do Vaticano. Esse cenário mudou com o papa Francisco. Segundo Camarotti, ele é muito aberto à imprensa. “O papa foi eleito com esse compromisso de fazer mudanças na Cúria, na Santa Sé, e adotou um estilo latino- americano”, disse.
O padre Fábio, da Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo, destacou a importância desse tema. “Eu achei bem interessante a questão de você perceber o olhar de outra pessoa que está de fora da visão eclesial. É a percepção de alguém que está no âmbito jornalístico e nos mostra uma visão ao mesmo tempo técnica do jornalismo.” Ainda acrescentou: “ele nos mostrou a firmeza de alguém que quer humanizar as relações e dar o sentido do que realmente representa a evangelização para a Igreja, isso me marcou muito”.
Izamara Muniz, acadêmica de Jornalismo da PUC Goiás, sob orientação da professora Sabrina Moreira
Foto: Rudger Remígio