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20/07/2019
Desafios do Jornalismo Político
Nilson Klava: “Política é um jogo complexo que deve ser entendido por todos, para o bem da sociedade”
Uma conversa descontraída, conduzida por Nilson Klava, 23 anos, repórter político da GloboNews, marcou o workshop sobre a prática do jornalismo político, no fim deste terceiro dia do 11º Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom 2019), que acontece na Cidade da Comunhão – Centro Pastoral Dom Fernando (CDPF), em Goiânia.
Em sua fala, o jovem disse que a “política é um jogo complexo que deve ser entendido por todos, para o bem da sociedade.” Sua finalidade, portanto, depende de como a vemos e contribuímos para esse jogo ser jogado. Klava disse que a polaridade que tomou conta do país não é solução e desfavorece o encontro entre as pessoas e a busca por uma sociedade mais forte. Ele descreveu aos presentes que encheram o Auditório Mãe de Deus, que seu trabalho como repórter, neste difícil cenário, é interpretar os fatos, descrever e resumir os fatos políticos para que o conteúdo possa ser útil para a população.
Nos bastidores, o processo de produção de notícias políticas, conforme relatou, passa pelo cafezinho com políticos de lado A ou B, pelo diálogo constante para discernir os cenários, por telefonemas e muito jogo de cintura para entender as discussões e traduzi-las. Isso em um mundo em que qualquer pessoa que porta um celular é também produtor de conteúdo, mas com uma diferença. “Se o cidadão com um celular erra não há grandes problemas, mas se o repórter falha pode ser muito grave, porque o seu trabalho envolve muitas pessoas e ele perde seu maior ativo que é a credibilidade”, sublinhou. É desafiante, além disso, segundo Klava, transformar a política em tema de interesse público.
Juventude e Política
O repórter disse também que todos os dias se sente desafiado a fazer o tema política ser relevante para os jovens. Questionado sobre como ele vê a posição da juventude em relação ao tema, Klava disse que se distanciar da política não é solução. “Os 513 deputados que estão no Congresso Nacional representam nossa sociedade e se lá há problemas é porque há algo errado em nossa sociedade também, portanto, contribuímos muito mais se entendemos o jogo em vez de rejeitá-lo”, enfatizou.
Fúlvio Costa