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04/10/2024

Sexta-feira da 26ª Semana do Tempo Comum

Prezada irmã, prezado irmão. Hoje é sexta-feira da vigésima sexta semana do tempo comum. Continuamos a leitura do livro de Jó. Este livro sapiencial trata de uma questão relevante para a experiência de fé, ou seja, a pergunta sobre o sofrimento do inocente. Ou ainda, por que sofremos? Mais uma vez recordamos a doutrina tradicional da retribuição que explicava o sofrimento como castigo do mau procedimento. Aqueles que faziam o bem recebiam a retribuição pelos bens, pelas bençãos, pela saúde. 

 

Jó é o personagem central do livro. Homem justo, ele perde todos os seus bens e todos os seus filhos e filhas. Ainda mais: fica enfermo com seu corpo todo chagado. Mas Jó permanece sereno e confiante em Deus: “Se recebemos de Deus os bens, não devíamos receber também os males?” Três amigos vêm visitá-lo e ali permanecem em silêncio por sete dias, como se já estivesse de luto. Jó deixa seu coração abrir-se em perguntas e lamenta o dia em que nasceu. Seus amigos tentam convencê-lo de que seus sofrimentos eram castigos por seus pecados. Jó pede piedade de seus amigos e expressa sua confiança em Deus como seu defensor.

 

O texto de hoje vem como palavra do Senhor em resposta a Jó. O Senhor fala do meio da tempestade. E diz assim a Jó: “Alguma vez na vida deste ordens à manhã, ou indicaste à aurora o seu lugar, para que ela apanhe a terra pelos quatro cantos, e sejam dela sacudidos os malfeitores? A terra torna argila compacta, e tudo se apresenta em trajes de gala, mas recusa-se a luz aos malfeitores e quebra-se o braço rebelde.” O Senhor convida Jó a contemplar a criação. Nela pode se observar que existe uma Sabedoria que governa todas as coisas. Assim se expressa o Senhor:

 

 “Chegaste perto das nascentes do Mar, ou pousaste no fundo do Oceano? Foram-te franqueadas as portas da Morte, ou viste os portais das Sombras? Examinaste a extensão da Terra? Conta-me, se sabes tudo isso! Qual é o caminho para a morada da luz, e onde fica o lugar das trevas? Poderias alcançá-las em seu domínio e reconhecer o acesso à sua morada? Deverias sabê-lo, pois já tinhas nascido e grande é o número dos teus anos!”

 

É como se Deus colocasse para Jó a seguinte observação: como você pode compreender o mistério do mal, se não conhece o mistério das coisas e da natureza? Vem, então, a resposta de Jó, nestes termos: “Fui precipitado. Que te posso responder? Porei minha mão sobre a boca. Falei uma vez, não replicarei; uma segunda vez, mas não falarei mais". De fato, Jó precisava calar-se para abandonar-se à vontade divina. Nós, também, tantas vezes, precisamos fazer o mesmo.

 

 

+ Dom João Justino de Medeiros Silva
Arcebispo Metropolitano de Goiânia

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