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16/10/2024
Quarta-feira da 28º Domingo do Tempo Comum
Minha prezada irmã, meu prezado irmão. Estamos na vigésima oitava semana do tempo comum. Hoje escutamos o último trecho da carta de São Paulo aos Gálatas nesta etapa do tempo comum. Ouvimos, no texto de hoje, o apóstolo apresentar as obras da carne que são opostas aos frutos do Espírito. Vamos diretamente ao texto para escutar novamente quais são, segundo o apóstolo, as obras da carne. É, consequentemente, o resultado de uma vida desregrada que se opõe ao amor de Jesus Cristo, fazendo com que o homem carnal se distancie da vida da graça.
Dizendo de outro modo, uma vida autocentrada, uma existência fechada em si mesma, sem a escuta do apelo do outro. Escute: “São bem conhecidas as obras da carne: fornicação, libertinagem, devassidão, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, ciúmes, iras, intrigas, discórdias, facções, invejas, bebedeiras, orgias, e coisas semelhantes a estas. Eu vos previno, como aliás já o fiz: os que praticam essas coisas não herdarão o reino de Deus.”
O evangelho de Jesus Cristo, pregado ao gálatas convida o fiel a deixar-se conduzir pelo Espírito. Com certeza isso significa um conjunto de experiências bastante diferente. É São Paulo mesmo quem vai elencar os frutos do Espírito. Acompanhe comigo: “Porém, o fruto do Espírito é: caridade, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, lealdade, mansidão, continência. Contra estas coisas não existe lei.” Como se pôde observar, o primeiro fruto do Espírito elencado é a caridade ou o amor. Tudo em sintonia com a vida, o ensino e o mandamento de Jesus Cristo.
O apóstolo escreve aos gálatas certo de que os que se deixam conduzir pelo Espírito não estão sob o julgo da lei. E o regime da liberdade em jesus Cristo não é anarquia, porque a liberdade cristã está orientada para um projeto de amor, em plena sintonia com os mandamentos de Nosso Senhor. “Irmãos, se sois conduzidos pelo Espírito, então não estais sob o jugo da Lei. Os que pertencem a Jesus Cristo crucificaram a carne com suas paixões e seus maus desejos”. E, então, mais uma vez o apelo a deixar-se guiar, orientar, conduzir a vida pelo Espírito. Escute:
“Se vivemos pelo Espírito, procedamos também segundo o Espírito, corretamente.” Nada de modo mágico, podemos dizer. Acolher a graça de Cristo implica comprometer-se a buscar a sintonia com o evangelho e deixar que a caridade como expressão do amor fraterno inspire todo nosso agir. Para o Papa Francisco, “nunca devemos esquecer o tempo e a forma como Deus entrou na nossa vida: é importante ter fixo no coração e na mente aquele encontro com a graça, quando Deus mudou a nossa existência”. E lembrar-se de que foi para a liberdade que Cristo nos libertou.
+ Dom João Justino de Medeiros Silva
Arcebispo Metropolitano de Goiânia
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