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11/10/2024

Sexta-feira da 27ª Semana do Tempo Comum

Minha cara irmã, meu caro irmão. Ainda estamos na vigésima sétima semana do tempo comum. E a Igreja nos oferece na liturgia a oportunidade de ler diversos textos tomados da Carta de São Paulo aos Gálatas. Temos presente que nesta carta o apóstolo ensina sobre a relação entre a graça de Cristo e a Lei de Moisés, insistindo em que a salvação vem pela fé em Cristo e não pela prática da Lei.

 

No texto hoje proclamado, São Paulo conhecedor das escrituras hebraicas, ou antigo testamento, busca apresentar a relação entre a novidade do evangelho e a história de seu povo. Por isso recorre à Abraão, patriarca do povo de Israel. Ele não podia esperar de sua esposa, Sara, um filho. Mas Abraão acreditou na promessa do Senhor. Ele foi abençoado não só pelo nascimento de Isaac, mas tornou-se pai, na fé, de uma multidão de descendentes. São Paulo recorda que os que creem são filhos de Abraão, ou seja, participam da bênção que Deus destinou ao patriarca. Escute comigo:

 

“Ficai, pois, cientes que os que creem é que são verdadeiros filhos de Abraão. E a Escritura, prevendo que Deus justificaria as nações pagãs pela fé, anunciou, muito antes, a Abraão: "Em ti serão abençoadas todas as nações". Portanto, os crentes são abençoados
com o crente Abraão.” Estabelecendo esta associação entre a fé de Abraão e a realização da promessa, o apóstolo Paulo quer ilustrar que os que creem são abençoados não por causa de suas obras, mas antes, porque creem, ou seja, são abençoados em razão da fé, e não por estas ou aquelas obras.

 

O regime da lei não é guiado pela misericórdia ou pelo amor salvífico de Deus. Mas pela tentativa de convencer a Deus de que somos merecedores de sua justiça, porque fazemos isto e aquilo. Ora, a salvação é da ordem da gratuidade e do amor generoso de Deus que deseja que todos os seus filhos e filhas se salvem. Escute comigo o argumento de São Paulo: “Aliás, todos os que põem sua confiança na prática da Lei estão ameaçados pela maldição, porque está escrito: "Maldito quem não cumprir perseverantemente tudo o que está escrito no livro da Lei". Pela Lei ninguém se justifica perante Deus; isso é evidente porque o justo vive da fé.” Continua o apóstolo: “E a Lei não se funda na fé mas no cumprimento: Aquele que cumpre a Lei, por ela viverá.”

 

Ora, a solidariedade de Jesus Cristo com todos os homens e mulheres manifestada no mistério de sua cruz é sempre, infinitamente, maior e mais totalmente abrangente. Ninguém fica fora do alcance do amor gratuito e misericordioso de Deus. Assim, São Paulo pôde dizer: “Cristo resgatou-nos da maldição da Lei, fazendo-se maldição por nós, pois está escrito: Maldito todo aquele que é suspenso no madeiro!'. Assim a bênção de Abraão se estendeu aos pagãos em Cristo Jesus e pela fé recebemos a promessa do Espírito”. Meu irmão, minha irmã, procuremos viver com nossos olhos voltados para a cruz redentora.

 

 

+ Dom João Justino de Medeiros Silva
Arcebispo Metropolitano de Goiânia

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