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10/10/2024

Quinta-feira da 27ª Semana do Tempo Comum

Minha prezada irmã, meu caro irmão. Nesta vigésima sétima semana do tempo comum a liturgia nos oferece como primeira leitura textos da Carta de São Paulo aos Gálatas. Você precisa ter presente que esta é uma carta em que o apóstolo ensina sobre a relação entre a graça de Cristo e a Lei de Moisés, retomando o tema da relação entre fé e obras, e, por consequência a relação entre judaísmo e cristianismo. A comunidade dos Gálatas, depois do anúncio do evangelho pelo apóstolo São Paulo, ouviu de judeus cristãos radicais a defesa da observância estrita da Lei mosaica ou lei de Moisés.

 

A principal pergunta do apóstolo à comunidade pode ser assim expressa: o homem é salvo pelo cumprimento da lei mosaica ou é salvo mediante a fé em Jesus Cristo? O apóstolo não economiza palavras e trata a todos de “insensatos”. Qual seria a insensatez? Não seria exatamente o esquecimento, tão rápido, do seu ensinamento acerca de Jesus Cristo? Escute o texto e perceba como o apóstolo até parece irritado com aqueles que se deixaram fascinar por um ensinamento que não confere com a salvação oferecida por Jesus Cristo.

 

“Ó gálatas insensatos, quem é que vos fascinou? Diante de vossos olhos, não foi acaso representado, como que ao vivo, Jesus Cristo crucificado?” A obra do evangelizador foi a de apresentar Jesus Cristo e seu evangelho. Mas os gálatas parecem ter esquecido logo a imagem que lhes foi apresentada de Jesus Cristo. São Paulo indaga, então, a comunidade sobre a origem do Espírito que receberam. Confira comigo as perguntas do apóstolo à comunidade: “Só isto quero saber de vós: Recebestes o Espírito pela prática da Lei ou pela fé através da pregação? Sois assim tão insensatos? A ponto de, depois de terdes começado pelo espírito, quererdes terminar pela carne?”

 

Nesta consideração, a carne indica as obras movidas pelo esforço humano de ganhar, de conquistar a salvação. Ora, a insistência de São Paulo tem o sentido de recordar aos gálatas que eles foram salvos não pela prática da lei, mas pela oferta de Cristo na cruz. E isso significa acolher na fé uma oferta da ordem do amor de Deus, que extrapola qualquer esforço de nós homens e mulheres, porque é pura doação, entrega, amor salvífico. Continua o apóstolo no texto de hoje com outras indagações:

 

“Foi acaso em vão que sofrestes tanto? Se é que foi mesmo em vão! Aquele que vos dá generosamente o Espírito e realiza milagres entre vós, faz isso porque praticais a Lei ou porque crestes, através da pregação?” O apelo, portanto, persiste: acolher a pregação do evangelho, crer em Jesus Cristo como salvador e viver de modo coerente com a fé professada, mas sem querer barganhar com Deus. 

 

 

+ Dom João Justino de Medeiros Silva
Arcebispo Metropolitano de Goiânia

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