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25/10/2024

30º Domingo do Tempo Comum

30º Domingo do Tempo Comum - Palavra do Arcebispo - Arquidiocese de Goiânia

Querida irmã, querido irmão. Chegamos ao 30º Domingo do Tempo Comum. Escutamos a primeira leitura de hoje tomada do livro do Profeta Jeremias. O capítulo 31 do livro ocupa uma posição central e significativa dentro da obra profética, destacando-se como um ponto de transição entre os oráculos de juízo e as promessas de restauração. Após a narrativa da queda de Jerusalém e as advertências sobre o exílio, Jeremias oferece uma visão de esperança e renovação para o povo de Israel.

 

Este capítulo, repleto de imagens de consolo e renovação, enfatiza a fidelidade de Deus em meio ao sofrimento e à desolação, revelando a expectativa de um futuro no qual o relacionamento entre Deus e seu povo será restaurado. Além disso, é aqui que se destaca a importância da nova aliança, que será marcada por um profundo conhecimento de Deus e pela interiorização da lei, contrastando com a relação exterior e ritualista que havia prevalecido anteriormente.

 

O texto inicia com um chamado à celebração e à alegria, destacando o retorno de Israel como uma obra da graça de Deus. A expressão “cantai de alegria” sugere que, apesar das dificuldades enfrentadas, há uma expectativa de renovação e esperança. Ao se referir a “Jacó” e ao “resto de Israel”, o profeta enfatiza a identidade do povo e a importância do remanescente fiel, que será restaurado. Este chamado à alegria não é apenas uma resposta emocional, mas uma afirmação da fidelidade de Deus às suas promessas. No versículo 8, Jeremias fala sobre o retorno do povo de Israel de um exílio que é comparado a um novo êxodo, com Deus reunindo os dispersos.

 

O texto diz: “Eis que eu os trarei do país do Norte e os reunirei desde as extremidades da terra”. A imagem de Deus como aquele que “faz vir” e “reúne” ressalta sua ação soberana e protetora. Além disso, a menção de uma “grande assembleia” sugere que a restauração não é apenas física, mas também espiritual, envolvendo todos os que estão em necessidade, incluindo os marginalizados. Essa inclusão destaca o amor e a compaixão de Deus por seu povo, que abrange todos os que estão à margem da sociedade. Por fim, o versículo culmina a mensagem de esperança, enfatizando a relação paternal de Deus com Israel, ao afirmar: “serei pai para Israel”.

 

Essa linguagem íntima sugere um vínculo profundo e protetor entre Deus e seu povo, sublinhando que a restauração não se limita à geografia, mas se estende ao relacionamento pessoal. A referência à tradição de Efraim como primogênito ressalta a importância do amor e da escolha divina, mesmo para aqueles que foram historicamente marginalizados. O Senhor Deus é realmente misericordioso, Senhor da vida e da história.

 

 

+ Dom João Justino de Medeiros Silva
Arcebispo Metropolitano de Goiânia

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