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31/10/2024

Comemoração dos Fiéis Defuntos - 02 de novembro de 2024

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 15,20-24a.25-28

Irmãos:
Cristo ressuscitou dos mortos
como primícias dos que morreram.
Com efeito, por um homem veio a morte
e é também por um homem
que vem a ressurreição dos mortos.
Como em Adão todos morrem,
assim também em Cristo todos reviverão.
Porém, cada qual segundo uma ordem determinada:
Em primeiro lugar, Cristo, como primícias;
depois, os que pertencem a Cristo,
por ocasião da sua vinda.
A seguir, será o fim,
quando ele entregar a realeza a Deus-Pai.
Pois é preciso que ele reine até que
todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés.
O último inimigo a ser destruído é a morte.
Com efeito, "Deus pôs tudo debaixo de seus pés".
Mas, quando ele disser: "Tudo está submetido",
é claro que estará excluído dessa submissão
aquele que submeteu tudo a Cristo.
E, quando todas as coisas estiverem submetidas a ele,
então o próprio Filho se submeterá
àquele que lhe submeteu todas as coisas,
para que Deus seja tudo em todos.
Palavra do Senhor.

 

Meu irmão, minha irmã. Celebramos hoje a comemoração de todos os fiéis defuntos. É Finados. A liturgia nos oferece diferentes leituras para as missas de hoje. Optamos por comentar a passagem de 1 Coríntios 15,20-24a e 25-28, que trata da ressurreição dos mortos, um tema central na primeira epístola aos Coríntios, onde São Paulo aborda a natureza da ressurreição de Cristo e suas implicações para os crentes. No versículo 20, São Paulo afirma: “Mas de fato, Cristo ressuscitou dos mortos, sendo as primícias dos que dormem”.

 

 A expressão “primícias” indica que a ressurreição de Cristo é o primeiro exemplar e a garantia da ressurreição futura de todos os que creem. A ideia de “dormir” refere-se ao estado dos mortos, mostrando que, para os crentes, a morte não é o fim, mas um estado temporário. Nos versículos 21 e 22, São Paulo estabelece a relação entre a queda de Adão e a redenção em Cristo: “Pois, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo”.

 

A morte entrou no mundo através de Adão, mas a vida eterna é oferecida através de Cristo, enfatizando o contraste entre a morte e a vida, e a universalidade da redenção. No versículo 23, São Paulo ordena a ressurreição em duas etapas: Cristo, como primícias; depois, na sua vinda, os que pertencem a Cristo. Esta estrutura não só confirma a centralidade de Cristo na história da salvação, mas também aponta para uma escatologia que espera o retorno do Senhor e a ressurreição dos justos.

 

Nos versículos 25 a 28, São Paulo continua a argumentação, afirmando que Cristo deve reinar até que todos os inimigos sejam colocados debaixo de seus pés. O versículo 25 cita o Salmo 110, versículo 1º, ressaltando que a soberania de Cristo é estabelecida através de sua ressurreição e ascensão. O último inimigo a ser destruído é a morte, como mencionado no versículo 26, enfatizando a vitória final sobre o mal e a restauração da ordem criada.

 

 O versículo 27 cita o Salmo 8, onde é afirmado que “tudo submeteu debaixo dos pés”. A citação é importantíssima, pois São Paulo esclarece que a única exceção à subordinação de todas as coisas a Cristo é Deus Pai, que o submeteu. Essa distinção é importante para a teologia trinitária, pois reafirma a autoridade de Deus Pai sobre o Filho, mesmo na sua função redentora.

 

Finalmente, o versículo 28 conclui que, uma vez que todas as coisas estiverem sujeitas a Cristo, Ele mesmo se submeterá àquele que tudo lhe submeteu, a fim de que Deus seja tudo em todos. Essa expressão indica a consumação da obra redentora, onde o reino de Deus é plenamente estabelecido e a unidade da criação em Cristo é realizada. O texto, portanto, enfatiza a centralidade da ressurreição de Cristo, sua soberania sobre toda a criação e a esperança da ressurreição para os crentes, culminando em um futuro glorioso onde Deus será plenamente reconhecido e adorado.

 

+ Dom João Justino de Medeiros Silva
Arcebispo Metropolitano de Goiânia

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