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04/11/2024

Terça-feira da 31ª Semana do Tempo Comum

Terça-feira da 31ª Semana do Tempo Comum - Palavra do Arcebispo - Arquidiocese de Goiânia

Prezada irmã, prezado irmão. Também hoje escutamos como texto litúrgico da primeira leitura um trecho tomado da Carta de São Paulo aos Filipenses. O texto de hoje, Filipenses 2,5-11, é uma das passagens mais significativas do Novo Testamento, conhecida como o “Hino Cristológico”. São Paulo exorta os cristãos a imitarem a humildade e o sacrifício de Cristo, destacando sua encarnação, humilhação e exaltação como o modelo supremo para a vida cristã.

 

São Paulo inicia com a exortação: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus”. Ele está pedindo que os cristãos adotem a mesma mentalidade de Cristo, marcada pela abnegação e disposição para servir. A vida e a atitude de Jesus devem ser o padrão para a comunidade cristã. Em seguida São Paulo descreve a humilhação voluntária de Cristo. No versículo 6, ele afirma que Jesus, “subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus”, ou seja, embora fosse Deus, Ele não se apegou a Seus direitos divinos.

 

No versículo 7, Cristo “esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens”. Isso refere-se à encarnação: o Filho de Deus assume a humanidade e a condição de servo, um gesto radical de humildade e amor. A humilhação de Cristo culmina em Sua morte. Ele “humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz”. A crucificação, uma morte vergonhosa e dolorosa, é o ponto mais baixo da humilhação de Cristo, que, por obediência ao Pai, entregou-se completamente em favor da humanidade. Após a humilhação, vem a exaltação.

 

No versículo 9, “Deus o exaltou soberanamente e lhe deu o nome que está acima de todo nome”. O Pai exalta Cristo à posição mais alta, e o “nome” que Lhe é dado representa Sua autoridade e poder sobre toda a criação. Nos versículos 10 e 11, São Paulo descreve que, “ao nome de Jesus, todo joelho se dobrará... e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor”. Isso aponta para o reconhecimento universal da soberania de Cristo, que trará glória a Deus Pai. A exaltação final de Cristo também revela a natureza da salvação: a humilhação e o sacrifício levam à glória e à vitória.

 

Este hino cristológico de Filipenses 2,5-11 apresenta Cristo como o modelo supremo de humildade e obediência. A passagem revela o mistério da encarnação, em que Cristo se esvazia para salvar a humanidade, e Sua exaltação como Senhor de toda a criação. São Paulo convida os cristãos a seguir este caminho de autodoação, mostrando que a verdadeira glória se encontra na humildade e no serviço. Cristo, através de Sua humilhação e exaltação, manifesta o plano redentor de Deus e oferece o exemplo a ser seguido por todos os crentes.

 

 

+ Dom João Justino de Medeiros Silva
Arcebispo Metropolitano de Goiânia

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