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17/12/2024

Santo Estevão, Protomártir - Festa

Santo Estevão, Protomártir - Festa - Palavra do Arcebispo - Arquidiocese de Goiânia

Minha prezada irmã, meu prezado irmão. Estamos na oitava do Natal do Senhor. Hoje, 26 de dezembro, a Igreja celebra a festa de Santo Estevão, protomártir, ou primeiro mártir. O texto da primeira leitura, tomado dos Atos dos Apóstolos, destaca Estêvão, um dos sete escolhidos para o serviço às comunidades cristãs, um homem cheio de fé, sabedoria e poder, movido pelo Espírito Santo.

 

Em Atos 6,8-10, Estêvão realiza “grandes prodígios e sinais entre o povo”, evidenciando que a graça de Deus operava por meio dele, não apenas em palavras, mas também em ações concretas. Sua atuação não se limita ao serviço (diakonia), mas abrange a proclamação do Evangelho, confrontando as estruturas religiosas de seu tempo. Isso desperta a oposição de grupos religiosos, que não conseguem refutar sua sabedoria, inspirada pelo Espírito. Este cenário revela como o testemunho cristão genuíno pode gerar resistências, especialmente quando desestabiliza sistemas religiosos e sociais rígidos.

 

Em Atos 7,54-59, Estêvão conclui seu discurso denunciando a infidelidade das lideranças judaicas ao longo da história da salvação, culminando na rejeição do Messias. Esta acusação direta provoca fúria nos ouvintes, que “rangem os dentes” de ódio. Contudo, em meio à violência iminente, Estêvão permanece ancorado em sua visão celestial: “Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus”.

 

Esta visão é teologicamente significativa, pois aponta para Cristo glorificado, participando plenamente da autoridade divina, e confirma a promessa de que Jesus intercede pelos seus. Estêvão imita Jesus em sua morte, entregando seu espírito nas mãos de Deus e pedindo o perdão para os seus perseguidores. Esta atitude expressa a mais alta forma de amor cristão: o perdão dos inimigos, mesmo à custa da própria vida. Seu martírio, o primeiro da história da Igreja, inaugura uma tradição de testemunho que encontra força na certeza da ressurreição e na esperança da glória futura.

 

O exemplo de Estêvão desafia os cristãos a viverem a fé de maneira corajosa e autêntica, mesmo em contextos de perseguição ou rejeição. Sua fidelidade até o fim e sua capacidade de perdoar mostram que o discipulado não se limita a palavras, mas exige uma entrega radical à vontade de Deus. Estêvão nos convida a contemplar Cristo glorificado, que continua a ser nossa força e intercessor em meio às adversidades.

 

 

Celebrado no tempo do Natal, o martírio de Estêvão nos lembra que o nascimento de Jesus não é apenas um evento de alegria, mas um chamado ao compromisso com o Reino de Deus. Assim como Cristo veio ao mundo para ser luz em meio às trevas, o testemunho de Estêvão revela que a fidelidade ao evangelho exige coragem e perseverança. O Natal nos convida a acolher Jesus como Senhor e Salvador, comprometendo-nos com a construção de um mundo onde o perdão, a justiça e o amor prevaleçam, mesmo diante da oposição.

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