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13/01/2025
TESTEMUNHO DA LUZ – DIA 31 DE JANEIRO DE 2025
SEXTA-FEIRA DA 3ª SEMANA DO TEMPO COMUM
Querida irmã, querido irmão. Nesta sexta-feira da terceira semana do tempo comum escutamos um trecho tomado da carta aos Hebreus, a saber 10,32-39. Nesta passagem, o autor faz uma exortação para que os cristãos permaneçam firmes na fé, mesmo diante das dificuldades e perseguições que estavam enfrentando. O versículo 32 começa relembrando os destinatários de sua experiência passada, quando, após a conversão, enfrentaram duras provações com coragem, como sendo “expostos ao vitupério e à tribulação” (v. 33).
O autor enfatiza como eles, como uma comunidade, suportaram esses tempos difíceis com perseverança, solidários uns com os outros, “tendo compaixão daqueles que estavam na prisão e aceitando com alegria a perda de seus bens” (v. 34). Essa referência ao sofrimento comunitário aponta para a união da Igreja primitiva, que, apesar das adversidades, demonstrou um profundo compromisso com a fé em Cristo.
A exortação do autor se baseia na confiança de que, embora os cristãos tenham enfrentado grandes dificuldades, sua perseverança em Cristo não será em vão, pois há uma recompensa reservada para aqueles que mantiverem firme a sua confiança (v. 35). O autor os exorta a não se afastarem da confiança, pois “a recompensa” está próxima, fazendo uma referência à escatologia da consumação da salvação. Ele encoraja seus leitores a permanecerem firmes, pois “aquele que vem virá e não tardará” (v. 37), aludindo à promessa da segunda vinda de Cristo.
Nos versículos 36-38, o autor lembra que “o justo viverá pela fé”, uma citação de Habacuque 2,4, usada para reafirmar a centralidade da fé em Deus como a base para a perseverança. A vida cristã é caracterizada por uma confiança contínua nas promessas de Deus, e aqueles que se desviam dessa fé, abandonando a esperança na volta de Cristo, sofrerão consequências, conforme alertado no versículo 38. No entanto, a confiança na promessa de Deus e a perseverança em sua fé conduzem à salvação (v. 39), mostrando que a fé é a chave para a vida plena com Deus, tanto na vida presente como na escatológica.
Teologicamente, esse trecho sublinha a importância da perseverança na fé diante das dificuldades, com a confiança de que a recompensa será alcançada. A ênfase está na fidelidade de Cristo e na sua promessa de recompensar aqueles que permanecerem fiéis até o fim. O autor também destaca que a fé não é algo passivo, mas uma confiança ativa nas promessas de Deus, que devem ser vividas no presente, com a certeza de que a escatologia da salvação será realizada. Este texto fortalece a noção de que a vida cristã não está isenta de desafios, mas que, através da fé em Cristo, os crentes são chamados a perseverar, com a esperança de alcançar a salvação prometida.