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25/02/2025

TESTEMUNHO DA LUZ – DIA 9 DE MARÇO DE 2025

TESTEMUNHO DA LUZ – DIA 9 DE MARÇO DE 2025 - Palavra do Arcebispo - Arquidiocese de Goiânia

1º DOMINGO DA QUARESMA

 

Minha prezada irmã, meu prezado irmão. Hoje celebramos o primeiro domingo da quaresma. A primeira leitura é tomada do livro do Deuteronômio 26,4-10. O texto faz parte da instrução sobre a oferta das primícias, um rito de ação de graças em que o povo reconhece a fidelidade de Deus na história de Israel. Esse gesto litúrgico reforça a identidade do povo como herdeiro das promessas divinas e convida à gratidão e à memória da ação salvífica do Senhor.

 

O sacerdote recebe a oferta e a apresenta diante do altar, simbolizando que tudo pertence a Deus. O ofertante, então, professa sua fé, relembrando as origens humildes de Israel: “Meu pai era um arameu errante, que desceu ao Egito, ali viveu como estrangeiro e se tornou uma grande nação” (v. 5). Essa confissão recorda a trajetória de Jacó e dos patriarcas, destacando a fragilidade inicial do povo e sua dependência da providência divina.

 

O texto continua relembrando a opressão no Egito e a intervenção divina: “Os egípcios nos maltrataram, nos oprimiram e nos impuseram dura escravidão. Clamamos ao Senhor e ele nos ouviu” (vv. 6-7). Essa narrativa segue o padrão da teologia do Êxodo: Deus vê o sofrimento, ouve o clamor do povo e age para libertá-lo. O versículo 8 descreve a salvação com sinais e prodígios, reforçando o caráter poderoso da intervenção divina.

 

A confissão culmina na chegada à Terra Prometida: “Ele nos conduziu a este lugar e nos deu esta terra, onde corre leite e mel” (v. 9). A oferta das primícias é a resposta de gratidão pela fidelidade de Deus. O ofertante coloca os primeiros frutos diante do Senhor e se prostra em adoração, reconhecendo que a bênção recebida é dom divino.

 

O texto de Deuteronômio 26,4-10 nos ensina que a fé não é apenas uma experiência individual, mas um compromisso de memória e gratidão diante da ação de Deus na história. Assim como Israel reconhecia a mão divina em sua libertação e na posse da Terra Prometida, somos chamados a enxergar a presença de Deus em nossa própria trajetória. A recordação dos benefícios divinos fortalece a identidade do povo de Deus e conduz a uma resposta concreta de louvor e compromisso.

 

Na vida cristã, esse reconhecimento se manifesta na gratidão sincera, no desapego e na partilha. A oferta das primícias simboliza a entrega do melhor a Deus, não apenas em bens materiais, mas em tempo, dons e esforços para o bem comum. Somos chamados a oferecer a Deus o que temos de mais precioso, colocando nossa vida a serviço do Reino. Além disso, a celebração das bênçãos recebidas não deve nos tornar indiferentes ao sofrimento do próximo. A experiência do povo de Israel como estrangeiro no Egito recorda a importância da solidariedade com os marginalizados e vulneráveis. A verdadeira gratidão a Deus se expressa no cuidado com aqueles que ainda enfrentam opressão e dificuldades.

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