TESTEMUNHO DA LUZ – DIA 2 DE FEVEREIRO DE 2025

4º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Meu irmão, minha irmã, chegamos ao quarto domingo do tempo comum. Na data de hoje, 2 de fevereiro, a Igreja celebra a festa da Apresentação do Senhor. A primeira leitura é tomada do livro de Malaquias 3,1-4. Trata-se de um trecho de profecia que anuncia a vinda de um mensageiro que preparará o caminho para o Senhor. Este oráculo é significativo tanto no contexto do Antigo Testamento quanto na tradição cristã, pois é interpretado como uma preparação para a vinda de Jesus Cristo.

No versículo 1º, o profeta Malaquias começa declarando: “Eis que vou enviar o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim”. O “mensageiro” é muitas vezes entendido como João Batista, que prepara o caminho para a vinda de Jesus, conforme é descrito nos evangelhos, como em Mateus 11,10. Esse mensageiro, ou precursor, tem a missão de anunciar a chegada do Senhor, preparando os corações para a sua chegada. A vinda do Senhor é algo aguardado com expectativa, pois Ele virá “de repente” ao seu templo, trazendo uma purificação necessária para o povo de Deus.

No versículo 2, a profecia fala do Senhor que vem, mas também apresenta uma imagem de juízo: “Quem suportará o dia da sua vinda? Quem ficará de pé quando Ele se manifestar?” Esta pergunta retórica destaca a grandeza e a santidade de Deus, que será um fogo consumidor para purificar o Seu povo. O Senhor, ao vir ao templo, trará um julgamento que será um processo purificador. Esse julgamento, descrito como um fogo refinador, fará uma purificação completa, separando o que é impuro e o que é digno. Essa imagem de purificação é central na teologia do Antigo Testamento, simbolizando tanto o juízo quanto a esperança de restauração.

O versículo 3 continua com a ideia do refinamento: “Ele estará a postos,
como para fazer derreter e purificar a prata” Essa metáfora sublinha o papel de Deus como aquele que purifica e restaura, usando o fogo para eliminar as impurezas e refinar o que é precioso. O “refinamento” simboliza o processo de purificação pelo qual o povo de Deus será purificado da idolatria e da injustiça. Essa metáfora é também associada à transformação do caráter do povo, que será santificado e preparado para a obra de Deus.

No versículo 4, a profecia culmina com uma promessa de renovação: “Então, a oferta de Judá e Jerusalém será agradável ao Senhor, como nos dias antigos, como nos primeiros tempos”. Aqui, a purificação mencionada nos versos anteriores resulta na restauração da verdadeira adoração a Deus. A oferta do povo será novamente aceitável diante do Senhor, como nos tempos em que o povo oferecia seus sacrifícios com pureza de coração. Essa restauração é vista como um retorno à fidelidade original do povo de Israel, onde as ofertas eram feitas com sinceridade e devoção a Deus.

Em termos teológicos, Malaquias 3,1-4 revela um Deus que deseja purificar o Seu povo, levando-os de volta a uma adoração genuína. A promessa do mensageiro é uma antecipação da vinda de Cristo, que, no Novo Testamento, cumpre a função de purificar os corações por meio de sua obra redentora. No cristianismo, essa purificação não ocorre apenas por meio de um julgamento exterior, mas também pelo poder transformador do Espírito Santo. Cristo, sendo o “refinador” e o “purificador”, traz a possibilidade de uma vida nova, onde a verdadeira adoração a Deus é restaurada, não através de sacrifícios materiais, mas por meio de uma vida de santidade e justiça.