Onde voce deseja procurar?

  • Arquidiocese
  • Paróquias
  • Clero
  • Pastoral
  • Liturgia
  • Cursos
  • Comunicação

Você está em:

  1. Home
  2. Arquidiocese
  3. Palavra do Arcebispo
  4. Quarta-feira da 27ª Semana do Tempo Comum

09/10/2024

Quarta-feira da 27ª Semana do Tempo Comum

Minha cara irmã, meu caro irmão. Nesta vigésima sétima semana do tempo comum a liturgia nos oferece como primeira leitura textos da Carta de São Paulo aos Gálatas. Esta é uma carta em que o apóstolo ensina sobre a relação entre a graça de Cristo e a Lei de Moisés, retomando o tema da relação entre fé e obras, e, por consequência a relação entre judaísmo e cristianismo. A comunidade dos Gálatas, depois do anúncio do evangelho pelo apóstolo São Paulo, ouviu de judeus cristãos radicais a defesa da observância estrita da Lei mosaica ou lei de Moisés, a começar pela prática da circuncisão. Mas Jesus Cristo não ensinara isso, não exigia isso.

 

São Paulo acentuará que a salvação que Deus n os oferece em Jesus Cristo é de graça, não como mérito de nossas obras. O texto de hoje, tomado do segundo capítulo continua o estilo autobiográfico. São Paulo vai contando seu itinerário e traz junto os temas que deseja tratar na carta. Fala de sua participação no chamado concílio de Jerusalém. Escute comigo: “Irmãos, quatorze anos mais tarde, subi, de novo, a Jerusalém, com Barnabé, levando também Tito comigo. Fui lá, por causa de uma revelação. Expus-lhes o evangelho que tenho pregado entre os pagãos, o que fiz em particular aos líderes da Igreja, para não acontecer estivesse eu correndo em vão ou tivesse corrido em vão”.

 

São Paulo deixa explícito que em Jerusalém reconhecem que sua missão junto aos pagãos ou gentios vem de Deus e ele é confirmado em sua missão evangelizadora. Veja como ele diz sobre isso: “Pelo contrário, viram que a evangelização dos pagãos foi confiada a mim, como a Pedro foi confiada a evangelização dos judeus. De fato, aquele que preparou Pedro para o apostolado entre os judeus preparou-me também a mim para o apostolado entre os pagãos”. E mais, São Paulo recorda do gesto que selou a comunhão entre eles, relatando como isso se manifestou em Jerusalém. Vamos escutar o texto:

 

“Reconhecendo a graça que me foi dada, Tiago, Cefas e João, considerados as colunas da Igreja, deram-nos a mão, a mim e a Barnabé, como sinal de nossa comunhão recíproca. Assim ficou confirmado que nós iríamos aos pagãos e eles iriam aos judeus. O que nos recomendaram foi somente que nos lembrássemos dos pobres. E isso procurei fazer sempre, com toda a solicitude”. São Paulo relata ainda como julgou necessário censurar a Pedro. Vamos ao texto novamente:

 

“Mas, quando Cefas chegou a Antioquia, opus-me a ele abertamente, pois ele merecia censura. Com efeito, antes que chegassem alguns da comunidade de Tiago, ele tomava refeição com os gentios. Mas, depois que eles chegaram, Cefas começou a esquivar-se e a afastar-se, por medo dos circuncidados. E os demais judeus acompanharam-no nessa dissimulação, a ponto de até Barnabé se deixar arrastar pela hipocrisia deles. Quando vi que não estavam procedendo direito, de acordo com a verdade do Evangelho, disse a Cefas, diante de todos: "Se tu, que és judeu, vives como pagão e não como judeu, como podes obrigar os pagãos a viverem como judeus?” A censura de Paulo a Pedro é um belo exemplo de diálogo, franqueza e caridade no interior da Igreja primitiva. É um belo exemplo para nós.

 

+ Dom João Justino de Medeiros Silva
Arcebispo Metropolitano de Goiânia

Nós usamos cookies para oferecer uma melhor experiência a você quando estiver visitando o nosso site. Ao clicar em "Aceitar e Fechar", você concorda com o uso dos cookies e termos na nossa Política de privacidade.

Aceitar e Fechar