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14/11/2024

Quinta-feira da 32º Semana do Tempo Comum

Quinta-feira da 32º Semana do Tempo Comum - Palavra do Arcebispo - Arquidiocese de Goiânia

Minha irmã, meu irmão. A Carta a Filêmon, texto proclamado como primeira leitura de hoje, é uma breve e pessoal epístola de São Paulo, escrita a um cristão chamado Filêmon, dono de um escravo chamado Onésimo. A carta gira em torno do pedido de São Paulo para que Filêmon receba Onésimo de volta, não como escravo, mas como um irmão em Cristo.

 

São Paulo começa expressando sua alegria e gratidão pelo amor e fé de Filêmon, que tem sido uma fonte de conforto e encorajamento para os santos (v. 7). São Paulo estabelece uma base de afeto e respeito antes de fazer seu pedido. Nos versículos 8-9, ele destaca que, apesar de ter autoridade apostólica para ordenar o que é certo, prefere apelar ao amor. Isso mostra a delicadeza e a diplomacia de São Paulo, valorizando a escolha livre de Filêmon em tomar uma decisão motivada pelo amor cristão.

 

São Paulo, nos versículos 10-12, faz o pedido central da carta: ele intercede por Onésimo que se tornou “seu filho” na fé durante sua prisão (v. 10). Ele envia Onésimo de volta, pedindo que ele seja recebido não mais como escravo, mas como alguém que agora é “útil” (v. 11), um jogo de palavras com o nome de Onésimo, que significa “útil”. Paulo explica, em seguida, que desejava manter Onésimo com ele, pois ele poderia ser útil no serviço do evangelho (v. 13). No entanto, São Paulo não quer agir sem o consentimento de Filêmon (v. 14). Isso revela a ética de São Paulo em relação à autoridade e ao respeito mútuo entre cristãos.

 

A separação temporária de Onésimo teve um fim: que ele retornasse a Filêmon “para sempre”, não mais como escravo, mas como “irmão amado” (vv. 15-16). Essa mudança de status social reflete a nova identidade de todos os crentes em Cristo, onde as distinções sociais são transcendidas pela fraternidade cristã. Em seu apelo final, São Paulo pede que Filêmon receba Onésimo como receberia o próprio Paulo (v. 17). Ele ainda vai além ao se oferecer para cobrir qualquer dívida que Onésimo possa ter causado, garantindo que assumirá a responsabilidade por isso (v. 18). O apelo pessoal de São Paulo se intensifica ao lembrar a Filêmon de que ele também deve a São Paulo sua própria vida espiritual (v. 19), sugerindo que a libertação de Onésimo seria um gesto de gratidão.

 

São Paulo encerra essa seção expressando sua confiança de que Filêmon fará ainda mais do que está sendo solicitado (v. 20). O texto hoje proclamado exemplifica a força transformadora do Evangelho na vida pessoal e social. São Paulo apela ao amor e à reconciliação, enfatizando a fraternidade cristã que transcende as divisões sociais, como a de senhor e escravo. A carta é um testemunho poderoso de como a fé em Cristo redefine relações humanas, promovendo igualdade, reconciliação e amor mútuo dentro da comunidade cristã.

 

+ Dom João Justino de Medeiros Silva
Arcebispo Metropolitano 

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