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14/11/2024

33º Domingo do Tempo Comum – Dia Mundial do Pobre

33º Domingo do Tempo Comum – Dia Mundial do Pobre - Palavra do Arcebispo - Arquidiocese de Goiânia

Minha irmã, meu irmão, chegamos ao 33º domingo do tempo comum. Por Celebramos hoje o Dia Mundial do Pobre, tal como instituído pelo Papa Francisco. A primeira leitura é tomada do livro da profecia de Daniel. O texto de hoje faz parte do fechamento das visões apocalípticas do livro de Daniel, que trata do fim dos tempos e da intervenção divina na história. Este trecho é central na teologia escatológica do Antigo Testamento, apresentando uma visão da ressurreição e do juízo final, que também influencia a teologia cristã sobre o destino final da humanidade.

 

No primeiro versículo é mencionada a figura do arcanjo Miguel, protetor do povo de Israel, que se levantará para defender o povo de Deus durante um período de grande tribulação. O “tempo de angústia” refere-se a um período de opressão e sofrimento intensos, mas também à intervenção decisiva de Deus. O papel de Miguel concretiza a proteção do povo de Deus, simbolizando a vitória divina sobre as forças do mal.

 

Em seguida o texto introduz a ideia da ressurreição, afirmando que “muitos dos que dormem no pó da terra acordarão”, uns para a vida eterna e outros para a vergonha e desprezo eterno. Trata-se de uma das primeiras referências explícitas à ressurreição no Antigo Testamento, revelando que o destino humano não se encerra na morte física. Essa visão escatológica mostra que haverá um julgamento final, e a justiça de Deus será plenamente manifestada.

 

A ressurreição é, portanto, uma resposta divina ao sofrimento e à injustiça experimentados no mundo, e uma antecipação da recompensa ou punição eterna. Os “sábios” e “aqueles que conduziram muitos à justiça” são descritos como aqueles que brilharão como o esplendor do firmamento e como as estrelas. Esta imagem de luz e brilho celestial expressa a recompensa gloriosa reservada aos que viveram com sabedoria e justiça. Em um contexto apocalíptico, a sabedoria aqui não se refere apenas ao conhecimento intelectual, mas à fidelidade a Deus em tempos de provação. Esses sábios são os que mantiveram a fé e guiaram outros no caminho da justiça, sendo recompensados com a glória eterna na presença de Deus.

 

Em conclusão, o texto hoje proclamado da profecia de Daniel oferece uma visão poderosa do fim dos tempos, com a intervenção divina por meio do Arcanjo Miguel, a ressurreição dos mortos e o juízo final. O texto apresenta uma teologia de esperança, mostrando que o sofrimento dos fiéis será recompensado e que a justiça de Deus prevalecerá. A promessa da ressurreição e da vida eterna aponta para a redenção final, trazendo conforto e encorajamento para os que permanecem fiéis em meio à tribulação.

 

+ Dom João Justino de Medeiros Silva
Arcebispo Metropolitano de Goiânia

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