Você está em:
09/01/2025
TESTEMUNHO DA LUZ – DIA 13 DE JANEIRO DE 2025
SEGUNDA-FEIRA DA 1º SEMANA DO TEMPO COMUM
Minha cara irmã, meu caro irmão. Passado o ciclo do Natal, iniciamos a primeira etapa do tempo comum. Nesta segunda-feira da primeira semana do tempo comum iniciamos a leitura da Carta aos Hebreus. Vamos ler esta Carta por algumas semanas. A Carta aos Hebreus, dirigida a cristãos de origem judaica, apresenta Jesus Cristo como o ápice da revelação divina e o mediador supremo entre Deus e a humanidade. O trecho de Hebreus 1,1-6 marca o início da carta, destacando a superioridade de Cristo em relação aos profetas e anjos, sublinhando sua natureza divina e sua posição como Filho de Deus.
Os primeiros versículos (1-2) introduzem um contraste entre a revelação passada, mediada pelos profetas, e a plenitude da revelação em Jesus Cristo: “Muitas vezes e de muitos modos Deus falou outrora... agora, falou-nos por meio do Filho”. A expressão “nos últimos dias” reflete a compreensão escatológica de que Jesus inaugura o cumprimento das promessas divinas. Cristo é apresentado como aquele por quem Deus criou o universo, sublinhando sua coeternidade com o Pai. O versículo 3 descreve a glória de Cristo: “Ele é o resplendor da glória de Deus e a expressão do seu ser”. Essas imagens exaltam a divindade do Filho, tornando-o o reflexo perfeito do Pai. Sua obra redentora é enfatizada pela purificação dos pecados e sua exaltação à direita de Deus, sinal de seu senhorio universal.
Os versículos 4-6 introduzem a superioridade de Cristo em relação aos anjos, figuras reverenciadas na tradição judaica como mensageiros divinos. O autor cita textos do Antigo Testamento para demonstrar que Cristo, como Filho, possui um status único que os anjos não compartilham: “Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (Sl 2,7) e “Eu serei para ele um Pai, e ele será para mim um Filho” (2Sm 7,14). O versículo 6 destaca que todos os anjos devem adorá-lo, afirmando sua soberania divina.
O texto hoje proclamado nos convida a reconhecer Jesus como a plena revelação de Deus e o centro de nossa fé. Ele não é apenas um mestre ou profeta, mas o próprio Filho de Deus, digno de adoração. Somos chamados a contemplar sua glória e confiar na eficácia de sua obra redentora, que nos purifica do pecado. Além disso, a superioridade de Cristo sobre todas as coisas desafia-nos a colocá-lo no centro de nossas vidas, buscando sua vontade e rendendo-lhe louvor, especialmente quando celebramos a encarnação daquele que é a Palavra eterna do Pai. O mistério da encarnação, ordenado ao mistério da redenção nos ensina que o desígnio de Deus é de nos salvar. Para isso, ele nos salva em seu Filho Jesus.