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29/01/2025
TESTEMUNHO DA LUZ – DIA 11 DE FEVEREIRO DE 2025

TERÇA-FEIRA DA 5ª SEMANA DO TEMPO COMUM
Querida irmã, querido irmão, nesta terça-feira da quinta semana do tempo comum escutamos a passagem que conclui o primeiro relato da criação segundo o Livro do Gênesis, descrevendo os atos de Deus nos dias quinto, sexto e sétimo. Após a criação dos habitats (céus, mares e terra) nos primeiros dias, Deus agora os preenche com seres vivos, culminando na criação da humanidade, feita à sua imagem e semelhança. O sétimo dia consagra o repouso de Deus e a santificação do tempo. Este texto é fundamental para entender a visão bíblica da criação como boa, ordenada e orientada para a comunhão com o Criador.
No quinto dia, Deus cria os seres aquáticos e as aves, enchendo os mares e os céus com vida. Sua bênção sobre essas criaturas – “Sede fecundos e multiplicai-vos” – marca a primeira vez que Deus confere uma missão às criaturas, destacando sua intenção de continuidade e plenitude na criação.
No sexto dia, Deus cria os animais terrestres e, por fim, a humanidade. A criação do ser humano é singular: ele é feito “à imagem e conforme semelhança de Deus”. Este conceito confere dignidade única à humanidade e implica responsabilidade sobre a criação (“dominai sobre os peixes do mar, as aves do céu e todos os animais”). Deus providencia alimento para todos os seres vivos, mostrando seu cuidado providencial. O refrão “era muito bom” ao final de toda a criação sublinha a perfeição e harmonia do criado.
No sétimo dia, após completar sua obra, Deus repousa abençoando e santificando esse tempo. Esse repouso divino não indica cansaço, mas celebração da plenitude e perfeição da criação. O sétimo dia estabelece o fundamento teológico do descanso sabático, um convite ao ser humano para partilhar do repouso divino e reconhecer a criação como dom. Na conclusão do relato, a frase “Esta é a história da criação do céu e da terra” serve como uma transição literária, fechando o primeiro relato e introduzindo o segundo (Gn 2,4b). Reforça a totalidade da obra criadora de Deus e sua soberania.
Esta passagem destaca a relação íntima entre Deus e a criação, com a humanidade ocupando um lugar central como imagem de Deus. A bênção e o mandato de dominar e cultivar implicam responsabilidade, não exploração. O sétimo dia introduz uma dimensão espiritual à criação, sublinhando que o destino último não é a obra incessante, mas a comunhão com Deus. A ordem, a bondade e a harmonia da criação refletem o caráter de Deus e o propósito divino para o mundo.
O relato nos desafia a refletir sobre nossa responsabilidade como cuidadores da criação. O mundo não é apenas um recurso a ser explorado, mas um dom a ser preservado. Além disso, o repouso sabático nos convida a reconhecer que nossa identidade não se define apenas pelo trabalho, mas pela relação com Deus. Em tempos de agitação e consumismo, este texto nos lembra a importância do equilíbrio, do cuidado com o próximo e da reverência pelo Criador, que nos chama a viver em harmonia com a criação.
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