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17/02/2025
TESTEMUNHO DA LUZ – DIA 22 DE FEVEREIRO DE 2025

SÁBADO DA 5ª SEMANA DO TEMPO COMUM
CÁTEDRA DE SÃO PEDRO
Minha cara irmã, meu caro irmão. Celebramos hoje, dia 22 de fevereiro, a festa da Cátedra de São Pedro. A passagem de 1 Pedro 5,1-4, hoje proclamada, faz parte da conclusão da carta, onde Pedro exorta os presbíteros a exercerem seu ministério com dedicação, humildade e zelo pastoral. O contexto é de perseguição e provação para a comunidade cristã, o que torna a exortação ainda mais significativa, pois reforça a necessidade de uma liderança firme e comprometida com a fé.
Ao se dirigir aos presbíteros, Pedro os trata como seus iguais, identificando-se como um deles. Essa atitude demonstra humildade e reforça o caráter pastoral da exortação. Além disso, ele se apresenta como “testemunha dos sofrimentos de Cristo”, ressaltando sua autoridade apostólica sem recorrer a um tom autoritário. A menção à “glória que há de ser revelada” aponta para a esperança escatológica, um tema recorrente na carta.
A imagem do pastor e do rebanho, usada no versículo 2, é tradicional na Escritura e indica que o presbítero deve cuidar, ensinar e proteger o povo de Deus. A exortação destaca que esse ministério deve ser exercido com disposição sincera e não por mero dever ou interesse pessoal. Pedro condena qualquer busca por vantagens financeiras ou status dentro da comunidade cristã, enfatizando que a verdadeira liderança se manifesta na dedicação ao serviço. No versículo 3, o apóstolo contrasta a liderança cristã com os modelos autoritários da época: “Nem como dominadores sobre aqueles que vos foram confiados, mas como modelos para o rebanho”. Aqui, ele reforça que o líder não deve impor seu poder de maneira opressiva, mas guiar pelo exemplo, refletindo a atitude de Cristo, que se fez servo e lavou os pés dos discípulos.
Por fim, Pedro lembra que a autoridade suprema pertence a Cristo, o “Supremo Pastor”, e que aqueles que forem fiéis ao chamado receberão a “coroa imperecível da glória”, uma recompensa eterna. A metáfora da coroa, associada aos jogos atléticos da época, reforça a ideia de perseverança e dedicação no ministério pastoral.
Esse trecho de 1 Pedro traz reflexões fundamentais para a teologia pastoral: a liderança cristã deve ser um serviço, não um exercício de poder; o pastor deve guiar pelo testemunho de vida; o sofrimento faz parte da missão, mas a glória de Deus é a meta final; e Cristo é o verdadeiro guia da Igreja, a quem todo líder deve se submeter. Em tempos de desafios para a missão da Igreja, essa passagem continua sendo um chamado à autenticidade, humildade e fidelidade no serviço ao povo de Deus.