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17/02/2025

TESTEMUNHO DA LUZ – DIA 26 DE FEVEREIRO DE 2025

TESTEMUNHO DA LUZ – DIA 26 DE FEVEREIRO DE 2025 - Palavra do Arcebispo - Arquidiocese de Goiânia

QUARTA-FEIRA DA 7ª SEMANA DO TEMPO COMUM

 

Prezada irmã, prezado irmão. Lemos nesta quarta-feira da sétima semana do temo comum outro trecho do Livro do Eclesiástico 4,12-22 (gr. 11-19). O texto apresenta a sabedoria como uma guia que conduz à vida, mas que também prova aqueles que a seguem. A personificação da sabedoria, uma característica comum na literatura sapiencial (cf. Pr 8; Sb 6-9), mostra sua relação dinâmica com os que a buscam: ela recompensa os fiéis, mas também os disciplina para que se tornem dignos de seus dons.

 

Fala-se inicialmente da sabedoria como fonte de vida (Eclo 4,12-14). A passagem começa destacando que “a sabedoria exalta os seus filhos e cuida daqueles que a buscam” (4,12). Aqui, a sabedoria (sophía) é descrita como uma mãe amorosa que protege e engrandece os que a acolhem. A promessa de bênção e proteção para quem a ama (4,13-14) ecoa Provérbios 8,17: “Amo os que me amam, e os que madrugam por mim me encontrarão.” A sabedoria não é um conhecimento abstrato, mas uma realidade relacional que transforma a vida dos que a seguem, garantindo-lhes proximidade com Deus.

 

Nos versículos seguintes (Eclo 4,15-17), a sabedoria assume um papel pedagógico: ela prova seus discípulos antes de confiar-lhes seus segredos. “Se alguém se entrega a ela, ela o conduz pelos caminhos retos; se nele põe sua confiança, ela o ensina” (4,15). No entanto, esse caminho não é fácil: a sabedoria “o porá à prova com suas exigências, até sondar-lhe os pensamentos” (4,17). Essa ideia lembra o processo de refinamento pelo qual passam os justos (cf. Ml 3,3; Sb 3,5-6). Quem deseja adquirir sabedoria deve estar disposto a enfrentar desafios e a suportar correções.

 

O texto conclui com uma advertência: se o discípulo permanecer fiel, a sabedoria o firmará e o conduzirá à glória (4,18). Mas, se a rejeitar, será abandonado ao seu próprio erro e perderá o caminho (4,19). A escolha entre seguir ou abandonar a sabedoria é decisiva para o destino do ser humano, um tema recorrente na tradição bíblica (cf. Dt 30,19; Pr 1,29-33). O versículo 22 reforça a importância de um discernimento atento na busca pelo conhecimento verdadeiro, prevenindo contra caminhos enganosos.

 

Essa passagem ilumina a caminhada cristã, na qual a sabedoria de Deus, plenamente revelada em Cristo (1Cor 1,24), exige fidelidade e perseverança. Seguir a Cristo é abraçar a cruz e permitir-se ser moldado por sua palavra (Mt 7,24-27). Em um mundo que valoriza atalhos e soluções fáceis, Eclesiástico 4 nos recorda que a verdadeira sabedoria exige esforço, humildade e resistência às provações. Porém, para aqueles que permanecem fiéis, ela conduz à comunhão com Deus e à verdadeira vida.

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